Todos os dias são abandonados em Portugal dezenas de animais, sobretudo cães. E ainda que esta prática seja considerada crime, todos os verões se regista um aumento considerável de casos, com muitos donos a abdicarem das suas responsabilidades perante as "mascotes" antes de partirem de férias.

Mas a verdade é que não há motivos que justifiquem isto, já que existem cada vez mais soluções para melhorar as condições de viagens para os donos e para os próprios cães. Como tal, e numa altura em que milhares de portugueses partem para férias, a SEAT reuniu algumas dicas para o ajudar a transportar o seu "amigo de quatro patas" em conforto e, sobretudo, em segurança.

Documentação: Para circular pelo país com o seu cão precisa de se fazer acompanhar pelo Boletim Sanitário do canídeo, sendo que este deve estar devidamente assinado por um veterinário. Contudo, se a viagem for fora de portas e dentro de um país da União Europeia, saiba que é obrigatório que o seu cão tenha o Passaporte para Animais Domésticos, emitido pelos veterinários.

Evitar enjoos: Antes de se fazer à estrada é importante que visite um veterinário para perceber se está tudo com o seu cão e prevenir sobressaltos durante a viagem. Segundo o Dr. Armand Tabernero, veterinário, citado pela SEAT, o "cão deve estar um mínimo de duas horas em jejum antes da viagem. Só tem de lhe dar água fresca e um medicamento que impeça vómitos e tonturas".

Bem seguro: Tal como acontece com os passageiros, o código da estrada obriga a que os cães viagem bem seguros para que não interfiram com a condução e com a estabilidade do veículo e para que em caso de acidente não sejam projectados para o exterior. Como tal, os cães devem viajar sempre bem seguros, sobretudo quando seguem no banco traseiro.

Transporte: Os cães de porte pequeno podem viajar dentro de uma transportadora colocada no chão do banco traseiro ou presa com o cinto de segurança. "No caso dos cães de grande porte, podem ser colocados na bagageira com uma divisória rígida que os separe do resto dos passageiros", explica Miquel Contijoch, responsável de acessórios da SEAT. Ainda assim, para cães de qualquer tamanho existe a possibilidade de os proteger no banco traseiro com um arnês, de um ou dois pontos, preso ao cinto de segurança.

Protecção para bancos e bagageira: É bastante comum que os cães soltem muito pêlo durante a viagem e que inclusive se babem mais do que o habitual por culpa do "stress" da viagem ou do calor. Como tal, importa proteger os tapetes e os bancos, bem como a zona da bagageira. "Para proteger a tapeçaria e manter os bancos limpos existem fundos para a bagageira e para a zona posterior do veículo", acrescenta Miquel Contijoch.

Abra as janelas: É aconselhável que abra várias vezes as janelas durante a viagem para ventilar o habitáculo, mesmo que o ar condicionado esteja ligado. Ainda assim, é importante certificar-se que o seu cão não coloca a cabeça de fora, já que isso lhe pode causar infecções nos olhos e nos ouvidos.

Faça pausas e estique as pernas: Em todas as viagens, e sobretudo no Verão, é importante que faça paragens regulares (duas em duas horas é o recomendável) para que todos os ocupantes possam esticar as pernas e, neste caso, as patas! O ideal é que estacione o automóvel à sombra e deixe os vidros entreabertos. Nunca deixe o cão dentro do carro e aproveite esta pausa para o hidratar.

Prémio final: Quando chegar ao destino lembre-se que o seu cão poderá estranhar a mudança de rotinas e continuar com níveis de "stress" elevados por culpa da viagem. Por isso, é fundamental que brinque com ele, que o leve a passear e que lhe dê um brinquedo ou um biscoito para o felicitar pelo bom comportamento.

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